Genesis 38:6-10
Durante muitos anos, os pregadores que queriam assustar os rapazes em relação à prática da masturbação voltavam-se para um personagem enigmático do Antigo Testamento chamado Onã, que derramava seu sêmen no chão e morreu por causa disso.
Os adolescentes não são acadêmicos bíblicos. Poucos conseguem ler hebraico. Menos ainda são corajosos o suficiente ou estúpidos o bastante para discordar de pregadores. Assim, quando ouviram que Deus fulminou alguém por se masturbar, aceitaram aquilo sem nenhum questionamento.
Mas qualquer pessoa que examinar com cuidado a passagem descobrirá rapidamente que ela não está falando sobre masturbação.
Onã tinha um irmão mais velho chamado Er, que havia morrido. Judá, o pai deles, instruiu Onã a se casar com Tamar, a viúva de Er, para que ela pudesse ter um filho que serviria como herdeiro de Er. Mas Onã não gostou do plano e, assim, evitava intencionalmente engravidar Tamar. Sua desobediência às ordens de Judá ofendeu a Deus, que tirou a vida de Onã.
Por alguma razão, com base nessa história complexa e antiga, Onã se tornou o representante moderno dos perigos da masturbação, um assunto que não é abordado de maneira específica em nenhum outro lugar da Bíblia.
Há diversas razões para ser cauteloso em relação à masturbação. Por um lado, um homem que se concentra na autogratificação pode desenvolver a incapacidade de proporcionar prazer à esposa, o que é parte do propósito que Deus tinha em mente quando planejou a sexualidade humana. Além disso, o apetite que alguns homens sentem pela gratificação sexual os leva à pornografia, aos vícios sexuais e a várias formas de realizar suas fantasias sexuais.
Onã fez algo ruim, e foi punido por isso. Mas seu pecado não foi a coisa pela qual ele há muito é acusado. A masturbação pode não ser aconselhável, mas não é um pecado mortal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário