AS BOLOTAS DOS PORCOS

No Evangelho de Lucas no capítulo 15, a partir do versículo 11, podemos ler a parábola do “Filho Pródigo”, que pediu a sua parte na fortuna de seu pai e saiu de casa… Entretanto, gastou tudo de maneira irresponsável, tendo, posteriormente, que ir trabalhar nos campos de outra pessoa, cuidando de porcos!

Infelizmente, talvez por desconhecimento da Palavra de Deus, alguns pregadores acrescentam que ele comeu comida suína ao passar fome. Se verificarmos o versículo 16 veremos que está escrito diferente: “E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada”.

Há uma diferença muito grande em comer e desejar comer! Algumas traduções bíblicas falam de “alfarrobas”, “vagens”, “legumes”, etc. ao referir-se à comida dos porcos. Todavia, a tradução que fala de “bolotas” pode ser a interpretação mais acertada. Pois, “bolotas” eram os frutos da azinheira ou da árvore de carvalho que eram ofertadas aos porcos como alimento naquela época.

Outra curiosidade desta parábola está no versículo 16 que tem a expressão “… e ninguém lhe dava nada”. A palavra “nada” não consta dos escritos originais bíblicos e foi colocada para melhorar a interpretação daquele texto. Assim, pode causar a impressão que o filho pródigo queria comer as “bolotas” e ninguém dava outro tipo de alimento. Mas, a interpretação correta é que ele desejava comer a comida de porco, mas ninguém liberava aquela comida suína para ele! Amém!